terça-feira, 17 de maio de 2011

Vai um antidepressivo aí?

Bom dia meninas!

Não é raro encontrar nos dias atuais pessoas que ainda acreditam que psiquiatra e psicólogo são destinado aos “loucos” e por isso não procuraram um tratamento adequado para aliviar seu sofrimento, ou pior, tomam remédio sem orientação médica.

O mercado de medicamentos psiquiátricos é vasto, e sabe-se hoje que as doenças psiquiátricas podem estar relacionadas com a falta de algumas substâncias (neurotransmissores) que fazem a comunicação entre as células do cérebro (neurônios). Os psicotrópicos fazem justamente reequilibrar a concentração desses neurotransmissores. Existem seis classes principais de medicamentos psiquiátricos:
•Antidepressivos, em casos de depressão;
•Estimulantes, usados para tratar distúrbios como o transtorno do déficit de atenção, etc;
•Antipsicóticos, que são usados para tratar psicoses, esquizofrenia e mania;
•Estabilizador do humor, utilizados para tratar o transtorno bipolar;
•Ansiolíticos, usados para tratar transtornos da ansiedade;
•Depressores, que são utilizados como hipnóticos, sedativos.



Por serem causadas por um desequilíbrio químico, algumas doenças psiquiátricas podem melhorar com o uso de medicamentos apropriados durante um determinado período de tempo, normalmente nas primeiras semanas de tratamento já é notável a melhora. Os efeitos colaterais variam de acordo com a medicação, na maioria dos casos são leves e desaparecem logo após o início do tratamento (p. ex.: náusea, boca seca, insônia).
Entre as queixas mais comuns dos consultórios psiquiátricos estão a ansiedade e a depressão. Nestes casos, a atuação dos medicamentos podem tornar a psicoterapia mais efetiva, pois reduzem os sintomas e facilitam a interação dentro da terapia.

Por exemplo, se uma pessoa apresenta um quadro de ansiedade alta, pode ter dificuldades de concentração e comunicação com o terapeuta (o ansioso nunca consegue viver no presente, está sempre preocupado com o futuro) e até mesmo de se expor às habilidades sociais que são comprometidas nesses casos. A medicação ajudará o paciente na redução dos sintomas, e assim responder à psicoterapia de maneira mais adequada.



Portanto, medicação e psicoterapia devem caminhar juntas, por isso a diminuição do remédio está sempre associada à evolução da terapia.

A prescrição do medicamento deve ser feita por um médico psiquiatra, que após uma entrevista inicial indicará o remédio e a dose específica para cada caso, portanto não se deve utilizar o remédio da amiga, da mãe, da vizinha porque está fazendo “efeito” e acreditar que você terá o mesmo resultado. Psicólogos não podem receitar nenhum tipo de medicação.

É importante dizer que a psiquiatria obteve grande evoluções em seus tratamentos, há muito pouco tempo pessoas eram submetidas a eletrochoques em hospitais psiquiátricos (o filme “Bicho de sete cabeças” retrata muito bem esse momento) e que os medicamentos são hoje resultados de longas pesquisas que possibilitam o uso de um psicofármaco mais eficiente com menos efeitos colaterais.



Porém, eles não deixam de ser uma droga que não devem ser vistas como “pílulas da felicidade”, onde existe uma para ser feliz, outra para ficar tranquilo, outra para dormir. É necessário encontrar a causa do sofrimento psíquico através da psicoterapia e não esconder os sintomas através da medicação.


Por Andreia Mattiuci

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