sábado, 17 de setembro de 2011

Museu das Relações Terminadas reúne presentes de amores passados

Boa tarde galera!

Na capital croata Zagreb, Museum of Broken Relationships tem desde fofos ursinhos de pelúcia até maliciosos vibradores.

Quando um relacionamento acaba bem, sem feridos, os presentes que o casal trocou provavelmente vão parar num porão e ficam amontoados em caixas empoeiradas. Já nos casos em que a mágoa é o que sobra, o lado amargurado costuma estraçalhar inocentes ursinhos de pelúcia ou cortar o rosto do antigo amor de todas as fotos possíveis.


Depois de quatro anos juntos, os croatas Drazen Grubisic e Olinka Vistica não optaram por nenhuma dessas saídas. Eles criaram o Museum of Broken Relationships (Museu das Relações Terminadas), que desde 2006 reúne badulaques de ex-casais em um endereço curioso em Zagreb, na capital da Croácia.

“Essa ideia surgiu durante o nosso processo de separação, numa das inúmeras tentativas de salvar, transformar ou terminar a relação. Nós nos perguntávamos: ‘O que fazer com todos esses símbolos de amor que reunimos durante o relacionamento? Não seria ótimo se houvesse um tipo de museu para abrigar esses itens por algum tempo?’ Nossos amigos ficaram entusiasmados quando falamos sobre a ideia, e depois de dois anos conseguimos concretizá-la”, diz Drazen, que é artista plástico e atua como curador do museu.


Prótese doada por um veterano de guerra apaixonado por uma enfermeira: "A perna durou mais do que o nosso amor, deve ser feita de um material mais resistente"

Drazen conta ainda que o principal objetivo do espaço é proporcionar uma forma criativa – e não destrutiva – de colocar um ponto final num namoro ou casamento que um dia foi feliz. O primeiro “habitante” do acervo foi um coelhinho de brinquedo do casal. “Ele sempre viajava conosco e tirávamos fotos em lugares especiais. No museu, há uma imagem dele num deserto perto de Teerã (Irã). Foi a última viagem do coelho e de nós dois juntos também”, lembra.

A inusitada ideia do ex-casal deu tão certo que acabou correndo o mundo. Exposições do museu já rodaram por diversos países, como Alemanha, Índia, Estados Unidos e Argentina. Assim como no espaço original, moradores das cidades visitadas enviam objetos para serem expostos e também escrevem os textos que os acompanham nas mostras.



Exibidas com o mesmo capricho destinado às obras de arte, as peças do espaço croata são de uma variedade incrível: desde objetos delicados, como fotos de casamento e bichos de pelúcia, até os mais picantes, como calcinhas, vibradores e algemas. Mas Drazen destaca um entre eles: “Uma mulher nos enviou uma pedra estranha, dizendo: ‘Meu marido me chamou pelo nome errado quando estávamos fazendo sexo, na hora senti uma dor forte no abdome, era uma pedra no meu rim”. Eis a representação da última lembrança que ela guardou do ex-marido.


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